Quanto tempo dura um pneu? Que fatores influenciam a duração dos pneus? Que desgaste tem o pneu durante o período de utilização? Para responder a estas questões, a Valorpneu está a desenvolver, em parceria com uma empresa consultora, dois estudos sobre o mercado de pneus: um sobre o tempo de vida útil dos pneus, desde a sua entrada no mercado para serem comercializados até se transformarem em resíduo, e o outro sobre o desgaste de pneus ao longo da sua vida útil.
Ambos os estudos estão a ser realizados com base no levantamento e análise da informação quantitativa e qualitativa disponível sobre o ciclo de vida dos pneus, que não é abundante, bem como em inquéritos e entrevistas aos agentes pertencentes ao Sistema Integrado de Gestão de Pneus Usados (SGPU), nomeadamente, fabricantes de pneus novos e de veículos, recauchutadores, comerciantes, distribuidores, retalhistas e centros de receção de pneus usados. Os estudos passarão também pela realização de ensaios e pesagens às dimensões mais representativas de entre as 14 categorias em que os pneus são agrupados pela Valorpneu.
De acordo com a legislação nacional, a vida útil de um pneu (turismo e comercial ligeiro) termina quando a profundidade do indicador de desgaste é inferior a 1,6 milímetros. No entanto, saber quando se chega a esse ponto não é assim tão linear e depende de muitos fatores, entre os quais o tempo, as condições de armazenagem e de circulação, a tipologia das vias rodoviárias, as condições de utilização (carga, velocidade, pressão, manutenção, etc.), entre outros. Não existe uma relação direta entre a data de fabrico (DOT) e o desempenho ou vida útil, sendo a data de fabricação apenas uma referência sobre a data em que o processo de produção do pneu terminou. Por tudo isto, o desafio é grande, tal como a expetativa no resultado.
A Valorpneu, com a elaboração deste projeto, pretende reunir um conjunto de informação com base em parâmetros fiáveis e consentâneos com a realidade para que a informação tratada e os resultados obtidos no Sistema Integrado de Gestão de Pneus Usados sejam cada vez mais rigorosos e melhor definida a responsabilidade assumida por esta entidade gestora.
Os dois estudos estarão concluídos até ao final do terceiro trimestre deste ano.